Ver para crer...
Não sou desconfiada. Não costumo trancar portas a sete chaves. E nunca penso que há quem ganhe a vida a roubar. Mas há!
Domingo calhou-nos, a visita, do amigo do alheio. Ficamos incrédulos a olhar para o carro com o vidro estilhaçado. Um dos bancos de trás foi revertido para acesso à bagageira e claro, as portas encontravam-se destrancadas.
Depois de verificarmos o que faltava, e do que nos lembramos, pouco parece ter desaparecido (pelo menos nisso, nós não tivemos muito azar, e ele(s) não tiveram muita sorte).
Faltou a minha mala de tiracolo (que troquei antes de sair do carro e por isso, acredito esteja praticamente vazia) e ainda o presente de uma amiga, uma bolsinha que adorei receber, tipo palhinha com fecho. Talvez por ser do tamanho de um Tablet, deitaram-lhe a mão.
Um caso curioso no meio disto:
Na bagageira a que tiveram acesso, tinha mais valor do que o que levaram. Tinha um casaco, ténis de homem e outras peças de roupa. Havia um saco em papel com uma carteira, dentro tinha 6 relógios, todos a aguardar a visita ao relojoeiro, apenas para substituição de pilhas.
Com o uso do telemóvel acabamos por esquecer de colocar relógio, quando nos lembramos, já as pilhas terminaram a validade.
Fizemos mais de 30 quilómetros com lâminas de vidro a esvoaçar. Colavam-se à pele e sempre que os tentava retirar, (o buraco no vidro era do meu lado) rasgava os dedos das mãos. Bem, conseguimos chegar a casa e aspirar tudo de forma a fazer desaparecer o que vimos destas limalhas.
E o que foi uma visita, num dia bonito de sol de Setembro a Vila Nova de Gaia, terminou de forma triste com o carro estroncado. A sensação é estranha. Durante algum tempo sei que dificilmente voltaremos aquele local. Não me inspirará de todo segurança.
Há dias em que devíamos ter ficado em casa. Este era um desses dias.
Agora? É substituir o vidro rápido, dizem que a chuva vem a caminho.