O meu rio...o nosso rio
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à beira rio.
com a névoa no seu amanhecer.
com bocejos à beira rio (Ave)
ainda que apressada, tento roubar um pedaço colorido e levo-o comigo.
Talvez um dia, se eu não puder passar por aqui, possa recordar, que passei.
Talvez a pouca água que resta, deixe, tal como eu, de passar por aqui.
Talvez?!...
Na dúvida, trouxe as cores de outono deste lugar.
Neste recanto onde o azul quebra a monotonia do verde primaveril.
O verde é bom, com outras cores, melhor ainda.
Nós por cá não temos festa de Sto António, nem de S. João e, o S. Bento chega lá para meados de Julho.
Nós por cá, tivemos calor e as margens do rio num fim da tarde para contemplar.
Imagem de telemóvel
de cá, para lá.
encontrei muitos patos no rio.
E depois?
- Senti-me sortuda, posso?
Não é todos os dias, que os vejo assim, a nadar (os patos nadam?)
Por exemplo: Sexta-feira passada encontrei-me com um, à mesa do almoço.
- Não é a mesma coisa, pois não?
- optei: mais vezes por mim.
A vida é feita de escolhas, tenho feito as minhas. Menos fotos. Menos isto e menos aquilo, e mais tempo para sentir, um pouco de, tudo.
É bom, e eu gosto de mostrar-vos, os meus momentos. Mas reconheço, que me tem feito melhor, desfrutar e senti-los. Um sentimento que andava esquecido e me fazia falta: sentir, sem pressa.
- Por isso, corro.
Saboreio o vento, escuto-o... e sinto os últimos raios de sol ao fim do dia. Levo na boca o sabor a sal. De praia? Não...Não! Das gotas que descem pela fronte e escorrem pelos cantos da boca em direcção ao pescoço e deslizam pelo colo... Outras, descem pelo tronco como se tivessem encontrado o leito de um rio.
Calor? Não! Sensações. Sacudir o que não faz falta e arejar as telhas soltas do "quinto andar".
Assim vai o tempo por aqui.
Numa calma de passo acelerado.
Eu não tenho pressa, mas vivo apressada.
- Sempre!