Tempo de chuva...
Quando um simples chapéu de chuva ilumina as nossas vidraças.
Isto é: magia visual. Ou, o despertar dos sentidos.
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Quando um simples chapéu de chuva ilumina as nossas vidraças.
Isto é: magia visual. Ou, o despertar dos sentidos.
Quando os olhares convergem o ponto é comum. O Douro que é internacional.
Nem meu, nem teu. É só, nosso.
Partimos num dia de chuva, já que a natureza escolhe a hora e o dia. Soube a pouco, mesmo com chuva a fustigar as vidraças.
O barco deslizava e, embalava de mansinho. O quase silêncio, fez-se por obrigação.
Chiuuuuuuuuuu. Chiuuuuuuuuuu. Chiuuuuuuuuuu. Chiuuuuuuuuuu.
Houve transmissão de conhecimento e informação sobre espécies. Fauna. Flora. Curiosidades. E se soube bem escutar. Sabia melhor partir de novo em busca do silêncio e descobrir ao longo do rio, sons da natureza. Ou então, simplesmente observar o lago das lontras. O ninho das cegonhas negras. Ou ainda, aceitar que a chuva nos sabe e faz bem, muito mais do que gostamos de admitir.
Chovia, para ele.
Para mim, também.
O vento soprava...
A chuva gelava...
As mãos tremiam
Protegia a lente, enquanto corria.
O cabelo colou-se aos olhos e ao rosto.
Bandos de gaivotas fugiam também, e…
De repente, um arco-íris feliz
riu-se em arco de mim.
Exitei.
Afinal um banho de chuva de inverno,
não é sonho de ninguém.
Parei.
Apontei e disparei um pouco zangada.
Não deu tempo para mais nada,
Obriguei-me à corrida forçada de rosto a arder
Com a chuva que fustigava e atrasava a passada.
Ficou o possível do que gostava e do que consegui.
Não sendo muito - deixou-me feliz, na mesma.
Ris-te de mim? Agora rio-me para ti (mesmo que seja tremido)!