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Aos ombros
Agrados
Num embrulho
Utopias
Num desejo
Quimeras
No caminho
Indecisões
Pelo trilho da vida
Pé ante pé
Só…
Pé ante pé
(mente).
(...)
"Por vezes somos obrigados a
crescer sem querer e caimos sem
que nos empurrem, deixamos para
trás uma criança que tanto esteve em nós,
habituamo-nos ao mundo a sério.
Comprámos a camisa, outros a gravata
e vamos sorrindo ou aprendendo a sorrir
e dizem que nos fizemos homens. Mas
dizem que nas crianças está a luz.
Ouve bem!
Imagina.
Imagina o sol das mais diferentes cores."
Continua aqui em a A Alma da Flor
Conversando com o mar
"Diante de ti, majestosa imensidão azul,
sinto-me tão pequeno,
mas a sensação de liberdade que transmites,
faz de mim um gigante.
Tu que entoas mil canções,
escondes infinitos mistérios,
que me envolve, encanta
e me faz sentir livre como tuas ondas.
Liberdade que me invade.
Diante de ti tenho a sensação
que posso até voar.
Voar em pensamentos poéticos.
Mar, tu que és fonte inesgotável
de inspirações poéticas,
despiu-me de todos os pudores,
e vestiu-me com a tua liberdade !!."
Retirado daqui
"Quero-te na bruma da tarde
na doce movimento das árvores
na incerteza dos dias que acabam
olhos perdidos no longe do mar.
Sei-te nas horas indecisas
em que o dia se despe de luz
como se em ti estivesse a neblina
que me fica em cada despedida.
Chamo-te amor no fim dos dias
quando a maresia invade a paisagem
o sol perde o brilho e espelha o calor
no olhar preso que por vezes queima."
Lique
"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"
Fernando Pessoa