Ocaso da hora amena
Instante
Não é dia nem é noite
Hora amena quase despida
Genuinidade que atrai o olhar
Que se alongue o dia
Sem distanciar a noite
Não quebre o silêncio
Enquanto a hora durar
Permaneça amena
Doce e apaziguadora
Sem o bulício da cidade
Das horas fugidas
Não quero ouvir apitos
Carros a passar
Gente a estrebuchar
O momento é meu
Quero-o suster, quero-o guardar
Soprai minha fronte
Beijai o meu rosto
Soprai meu cansaço
Renovai meu esforço
Ó ventos que vindes do mar
Fazei-me um sinal
Mandai uma estrela piscar
Mostrai-me o caminho
Para daqui partir
Ou aqui voltar?!