Com a pressa de voltar , esqueci-me de dizer que adorei a foto, muito parecida com as estradas que vou vendo por aqui em que se vislumbra sempre neve ao longe. A foto está excelente e já te estou a imaginar no meio da estrada a captar este momento
Ir? Para quê? Para depois atirar-me ao precipício que existe ali ao fundo, mesmo no fim da estrada? É uma estrada com fim. É que atirar-me a um precipício, nem com um para-quedas azul e às ricas brancas. Aliás, se o fizesse, era mais que provável que morresse de enfarte agudo do miocárdio durante a descida. Prefiro ficar aqui à espera que alguém venha ao meu encontro. Enquanto isso, vou fazendo uns cliques.
Até ao monte claro. Acha que me fiquei pelo sopé da montanha? Nem pensar! Remus não se deixe iludir. Vai subindo, segue, sempre em frente e, lá mais acima, volta a descer (sempre seguindo a linha central e sem sair das laterais) depois, contorna a curva...e sobe, mais um pouco, não termina a subida, vá lá, mais...mais... e mais. Agora pare , pare para respirar, ganhar folego. Aproveite o momento e saque a nikon (ou outra)... olhe para a sua direita...,vê? Lá estão os cântaros. Altos, imponentes, sobrevoam no céu aves de rapina e o sol a bater no rosto (à noite verá que ganhou um bronze lindo se acaso esqueceu de colocar protetor). O calor, esse, já aperta, a sede também, mas não desista. Cerre ligeiramente a pestana, para se habituar à luz e busque através da lente um ponto que o seduza...não se importe, deixe-se seduzir (não comete adultério com o olhar sobre a natureza, embora ela se encontre nua), por isso, usufrua do que há para ver e todo o cansaço vai desaparecendo. Vai adiando... apetece-lhe ficar, mas, vá lá...a montanha não termina aí, afinal este, é apenas o inicio da sua caminhada, a beleza vai ser uma constante até ao ponto mais alto. Não esqueça, leve água, uma sandoca e um chocolate para recuperar energias. (Pode mandar o carro vassoura para o apoio logístico, isto se, tiver medo de aventura) O precipício??? Não é para voar sobre ele. É para respeitar os limites da estrada.
Já viu que canseira que seria... Pensei noutra alternativa, em que não existe risco de ser rapinado por aves de rapina, ou de ganhar um bronze nefasto. E se eu lhe emprestar a minha máquina fotográfica? Para além de tirar as fotografias com a sua máquina, também tira algumas fotografias com a minha. Desta forma, eu depois vejo as fotografias, publico-as no meu blogue e é como tivesse ido. Vale?