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Quem daqui partiu
rubra flor?
Quem te arremessou
pobre enjeitada?
Coração torturado?
De que espinhos?
Nunca os teus, de rosa
simples, encarnada.
Danaram tua excelência,
sem pudor.
De ténue perfume.
Doce suavidade.
Ao chão te aconchegaste,
onde serás espezinhada.
Por pés, e não punhos
das mãos que te cuidaram.
Ignorando tuas pétalas,
em súplica carmim.
Rosa desfalecida, rosa desprezada.
Rosa de amor; paixão; desilusão; despedida.
Não poucas vezes, ó bela rosa: foste enganada.
Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder."
Chesterton
Atraquemos
...e fiquemos aprumados como um barco junto ao cais.
Ancoradouro. Ponto de partida e chegada.
E se por fim desprendermos as amarras,
que seja na hora das águas mansas, para que,
naveguemos deslizando sobre a corrente sem pressa,
pois com pressa, já por nós passa a vida a correr.
BFDS
Debitar ideias é banal,
quando as palavras foram decoradas
por quererem transmitir uma convicção.
Sério é colocar em prática
por sinais ou ações, o que proferimos
ou apregoamos como conceito,
antes de darmos as costas.
Flordeliz/Dida
Sombras. Restam sombras.
Frias. Mesmo ensombradas.
Quimeras. De luz e alvoradas.
Manhãs. Pela aurora encantadas.
Sombras. Restam sombras…
ByDiDa
....lá fora a chuva cai! Escuto-a, ora suave, ora apressada...
Subo a veneziana
Afasto a cortina
Contemplo: Gotas de chuva a deslizar
Embacio a janela
E vou riscando nela
Traços: De pingos difíceis de acompanhar
São cristais brilhando
Em valsa rodopiando
Passos: Que não aprendi a dançar
Vão, descaindo e unindo
Vão, unindo e descaindo
Admito por momentos - Estão rindo
Sinto nesse instante - Vão cantarolando
Aceito por fim – Não as posso controlar
Levanto os olhos ao céu
Cerro de novo o véu
Deixo de ver a chuva tombar
Não mais a quero seguir
Ficarei somente a ouvir
Deixar-me-ei embalar
Até de novo...
Simplesmente, até.