Pequenos apanhados fotográficos
Quando no passado olhei o público através da lente da máquina comecei por me sentir um pouco "voyeur".
Continuo a tentar proteger as pessoas não lhes fotografando o rosto muito próximo (eu também não gosto de ser fotografada!).
A tentação é grande quando o quadro que visualizamos é diferente e muitas vezes na hora não conseguimos explicar o que nos prende a atenção.
Ficamos alertas, despertos, atentos.
Começamos por deixar que a atenção fique presa ao pássaro que saltita de ramo.
Cativa-nos a curiosidade da criança que tem o mundo no olhar.
A cena de carinho de um par que se desliga dos transeuntes.
O imprevisto de uma queda bem à nossa frente e "mesmo a calhar".
O trabalhador ou mendigo que aproveita o banco vago para dormitar sem que nada o pareça incomodar (nem o sol do meio dia!).
Ou ainda, pessoas que se destacam no ambiente, por um detalhe ou pela postura.
São imagens que eu gosto de retratar e sem uma razão especial. GOSTO!