Baía das Conchas
BFDS
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
BFDS
O tempo vai mais apressado do que água a escorrer do regato.
Que sentido faz, passar pela vida a correr? Para descansar na eternidade?
Não quero a eternidade. Quero o hoje.
Ter um tempo para sorrir. Rir de nada.
E chorar. Quero parar e chorar.
Suspirar.
Quero respirar sem me sentir culpada.
Quero escolher a hora de dormir.
Não quero dormir porque estou sempre na hora errada.
É isto. Estou atrasada.
SEMPRE!
Treme em luz a água.
Mal vejo. Parece
Que uma alheia mágoa
Na minha alma desce —
Mágoa erma de alguém
De algum outro mundo
Onde a dor é um bem
E o amor é profundo,
E só punge ver,
Ao longe, iludida,
A vida a morrer
O sonho da vida.
Fernando Pessoa
A aldeia funde-se nas cores da vegetação e do xisto usado na construção.
Apenas o branco da igreja chama a atenção e sobressai.
Drave parece retirada de um filme histórico e continua adormecida no tempo.
Direita ou esquerda? Há beleza a perder de vista
Meitriz fica entre duas serras, a de Montemuro e a de Arada
Conceição e Manuel foram os únicos habitantes que encontramos em Janarde.
Simpatia, dois dedos de conversa e ainda o convite para café, foram o presente na arte de bem acolher.
Antes que perguntem, o Jeep não é nosso :-)
Maio está florido e a temperatura convida. "Bora" lá a calcorrear e a aproveitar montes e vales deste país que nos recebe em cada nova curva de estrada com paisagens coloridas.
Gostem. Ofertem. Mimem. Principalmente deixem que alguém vos possa amar e não se sinta culpado.
"Amar pelos dois" é a bondade de dar sem esperar retorno.
BFDS
Obra do arquiteto Luís Pedro Silva, é imponente.
"A melhor maneira de começar a ver o novo Terminal de Passageiros do Porto de Leixões é com as mãos".
Dizia o guia que nos acompanhou, que os perto de 1 milhão de azulejos vidrados de forma hexagonal da Vista Alegre faz lembrar escamas de peixe. Estes, refletem a luz natural, dentro e fora do espaço do terminal. De espessuras e disposições variáveis transmitem-nos propositadamente a impressão de que a sua colocação não teve qualquer regra. A luz e a sombra são uma constante. Num espaço quase todo, pintado de branco. Poucos são os apontamentos que fogem a essa cor. O formato desta obra faz pensar em tentáculos, levando o nosso olhar através deles, a imaginar um enorme polvo que ora se abraça, ora se estende até ao mar.
A espera é um pouco desconfortável, já que fica no próprio hall de bilheteira e não tem qualquer zona de acolhimento para um café, ou mesmo, para uma água, o que ajudaria a matar o tempo da espera entre as visitas.
Tirando este facto pouco habitual, o guia demonstrou simpatia e desembaraço alertando-nos para o principal, a obra que estávamos a visitar. Falou das ideias do seu mentor, os pormenores. Sem a sua ajuda, a visita não teria o mesmo interesse, o mesmo impacto. Cada piso é em linhas curvas e cada recanto tem, como nos confidenciou, uma finalidade específica. As janelas, mesmo a das salas interiores, recebem luz natural, fazem lembrar escotilhas de navios. Há uma porta de vidro que nos mostra a boca, ilusória, de uma baleia. Os pescadores não foram esquecidos neste espaço plantado em pleno mar. Há candeeiros com pequenos pontos de luz a brilhar em redes suspensas no teto. O espaço exterior é magnífico.
Talvez falte aproveitamento comercial a este espaço. Talvez?!...
Como dizia o guia, próximo há centros comerciais e a cidade. Optaram por receber os turistas e mostrar-lhes o nosso comércio mais tradicional, as nossas ruas, as nossas cidades, e o que temos de melhor para mostrar, o nosso país, dando-lhes a possibilidade, caso desejem, de se deslocarem para outras cidades e não ficar confinados a um espaço com montras e comércio, semelhante ao que encontram ao longo da viagem de um cruzeiro.
A visita vale os 5 euros.