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Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes
Ainda meio adormecidos,
madrugamos ao encontro do despertar
matinal do grande astro-rei.
Feiticeiro, acolheu-nos caloroso
com o seu grandioso brilho,
superando qualquer uma
das expectativas antes imaginadas,
por cada um de nós.
Silêncio.
Há um enorme silêncio!
Não se pode quebrar este momento.
E vocábulos?... Para quê?
Olhar - Ver - Ver muito - Ver o máximo.
Porque...
O mundo é fantástico.
Vê-lo é divino.
Vivê-lo um privilégio
Achei eu! E vós?