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O vento soprava...
A chuva gelava...
As mãos tremiam
Protegia a lente, enquanto corria.
O cabelo colou-se aos olhos e ao rosto.
Bandos de gaivotas fugiam também, e…
De repente, um arco-íris feliz
riu-se em arco de mim.
Exitei.
Afinal um banho de chuva de inverno,
não é sonho de ninguém.
Parei.
Apontei e disparei um pouco zangada.
Não deu tempo para mais nada,
Obriguei-me à corrida forçada de rosto a arder
Com a chuva que fustigava e atrasava a passada.
Ficou o possível do que gostava e do que consegui.
Não sendo muito - deixou-me feliz, na mesma.
Ris-te de mim? Agora rio-me para ti (mesmo que seja tremido)!
... o barco vai, a onda vem.
Como amanhã
Hoje é o tempo
Um velho curvo
De olhar pardacento
Fica sorvendo
A luz que resta
Não tarda escurece
Este é o momento
Nesta amálgama
A gota é sentida
Sabor que é de sal
Não tem mal: é a vida!
Vomitas a náusea
Derramas a raiva
Libertas agitação
Rugindo como um Leão
Vives enfartado
Protestas com rebeldia
Arremessas na maresia
Violência mal contida
Padeces de cobardia
De uma falácia de amor
E murmuras ao adormecer
Só, quase abandonado
Até pareces cansado
Antes quebrar que ceder
Mau feitio o teu
Jeito empolgado
De quem gosta de vencer
Coragem e valentia
Não pode ser força bruta
É conquista, não é luta
Nem descarga de trovão
Não destruas seixos do rio
Deixando o leito vazio
Em jeito de rebelião