Macio como o algodão...
Deixo mergulhar o pensamento
Na brancura destas águas
Que cantam sem cessar
Acompanhando o movimento
Que parece levar este rio seduzido
Ao encontro apaixonado
Desaguando nos braços do mar
É pouco o intervalo que os separa
E sei que de dois, um só restará
A água doce da montanha
Logo se transformará
Naquela que banha salgada
E desliza nas ondas do mar
Água que parecia algodão doce e suave
Esta, que corria entre vegetação e rochedos
Aquela, que será caminho de barcos e marinheiros
E servirá para estender redes e partirem ligeiros
Em busca de sustento, colhendo alimento
Nas águas do rio que passarão a mar,
Mas que todos os invernos, esta ou outra, aqui virá parar