Flores de Junho
"Colhidas" frente ao mar no caminho da praia do Portinho da Arrábida.
Junho de 2009
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
"Colhidas" frente ao mar no caminho da praia do Portinho da Arrábida.
Junho de 2009
Este selo recebi-o da amiga Cloudy ( e não se contraria uma futura mamã)
Já tem uns tempos mas estava guardado sem estragar.
As regras são:
1 - Colocar o selo no blog (já está cumprida a tarefa se o selo não fugir...)
2 - Divulgar as regras (tarefa superada)
3- Confessar 5 coisas que gosto de fazer
Nadar no mar ( água morna e fundo limpo ao fim do dia)
4 - Indicar 10 blogs a quem se envia o convite
5- Informar cada um dos bloguistas
O meu amigo Rotiv achou que eu merecia mais dois selos. (És um esbanjador de mimos meu amigo).
Este selo diz que o meu blog é um amor.
Não sei se é amor o que aqui vou colocando. Se conseguir passar uma mensagem positiva já me deixa feliz.
As regras para este prémio são:
1- Citar o nome de 5 pessoas muito especiais
2- Pedir um desejo
3- Passar a 10 blogs que sejam "Um amor".
Este selo diz que o blog é mágico!
Não sei se consigo passar magia. Procuro deixar aquilo que gosto de observar e que me transmite alguma coisa.
Segundo as regras, temos de o passar a 10 blogs e avisar os premiados.
Os 10 blogs a quem passo estes 2 selos são:
TAREFA SUPERADA!
NÃO ME APETECE AVISAR.
QUEM PASSAR ENCONTRA.
QUEM NÃO PASSAR NÃO PERDE O EUROMILHÕES.
Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.
António Gedeão
"A luz real ergueu-se a oriente
com a coroa de fogo na cabeça:
e o nosso olhar, vassalo obediente,
ajoelha ante a visão que recomeça.
Enquanto sobe, Sua Majestade,
a colina do céu a passos de oiro,
adoramos-lhe a adulta mocidade
que fulge com as chamas dum tesoiro.
Mas quando o carro fatigado alcança
o cume e se despenha pela tarde,
desviamos os olhos já sem esperança:
no crepúsculo estéril nada arde.
Assim tu, meio dia ainda ardente,
sem um filho te apagarás no poente."
William Shakespeare, in "Sonetos"
Em dia se S. João imagens do Santo António - Lisboa.
Não tenho grande simpatia por festas populares.
O Santo António de Lisboa não me despertou a vontade de regressar. Se calhar é culpa minha e não encontrei os locais mais populares ou tradicionais.
"Fala comigo
vê o sol que ainda aquece
o mar quieto que nos olha
testemunha de outros dias.
Deixa brilhar
a cor de ouro da cerveja
reflectida nos meus olhos
que já cantaste em mil tons.
Fala de ti
que por tanto saber-te eu
esqueço o concreto dos dias
e embrulho as horas em sonho.
Vá, diz de nós
diz que o amor é apenas isto
este sentir que preenche
o tempo que pára e foge."
Foz - Porto
A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,
Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
Florbela Espanca
Junto à praia do Molhe na Foz - Porto